A morte do reporter cinematográfico Gelson Domingos neste domingo(06) gerou na mídia uma especulação a respeito da segurança dos profissionais da imprensa em áreas de risco. Neste cenário antagônico há mais de uma verdade. Uma dessas verdades esclarece que o repórter foi morto trabalhando, fazendo o que sabia, o que mais gostava, e era treinado para isso. É evidente que outro cinegrafista também experiente e treinado também poderia ter sido atingido da mesma forma. Nas imagens ficou claro após ingresso, a complexibilidade da progressão naquele local. Nenhum colete é seguro contra projétil de fuzil ou similar. Outra verdade é que a imprensa não pode deixar de cobrir matérias por causa do perigo, ou de aceitar qualquer restrição, isto seria sim um retrocesso da imprensa brasileira, caso aceite a limitação na qual se escreveria a versão dos policiais ou de outros profissionais que lá estiverem por estrito cumprimento do dever. Todos sabem que a exibição simultânea dos mais diversos acontecimentos inibem atos irregulares ou desvendam irregularidades. A presença da imprensa atende a defesa da sociedade e da legalidade. É dever da polícia que se faça presente "neste" ou "naquele" local mas é também dever da imprensa cobrir toda e quisquer ocorrências. Apesar de tudo, o estado vem de certa forma cumprindo seu papel. Afinal não se ocupa um estado inteiro de uma só vez, e apesar de nossas críticas ao governo do estado, devemos reconhecer que o atual secretário de segurança pública tem demonstrado honradez na luta contra erros de pelo menos 35 anos de equívocos na gestão da segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Segundo à Secretaria de Polícia Civil, o reporter Gelson Domingos que é o primeiro jornalista morto em confrontos no Rio era um verdadeiro correspondente de guerra, e nós sabemos que ele era mais do que tudo isso. Ele era um dos mais eficientes olhos de nossa sociedade.
Em nota, o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, expressou a sua solidariedade aos parentes do cinegrafista: "O tiro que acertou o seu peito, atingiu os nossos olhos. Através desses profissionais do jornalismo, podemos ver a injustiça, o crime e a violação de direito que permaneceriam ocultos, caso alguém não empunhasse corajosamente uma câmera, entrando em lugares onde poucos ousam pisar, a fim de nos ajudar a enxergar, sentir e agir", disse ele.
(detalhe foto/esquerda: o policial militar do choque André socorre Gelson diante alça de mira dos bandidos).
Mais cedo, o delegado titular da Divisão de Homicídios (DH), Felipe Ettore, disse que as imagens do tiroteio feitas pelo cinegrafista Gelson Domingos serão fundamentais para identificar o autor do crime.
"Acreditamos que elas (imagens) são muito importantes para a identificação do autor do disparo que matou o jornalista", disse o delegado, acrescentando que, por enquanto, não pretende ouvir outros jornalistas que estiveram no confronto.
Fonte:G1/
Foto: Tássia Thum/G1
Morre crianças, mulheres e homem da comunidade todos os dias com o mesmo tiro encraçado que niguem filma nada e nem tem esse ouvouroço da da mídia.
ResponderExcluir"Acreditamos que elas (imagens) são muito importantes para a identificação do autor do disparo que matou o jornalista", disse o delegado, acrescentando que, por enquanto, não pretende ouvir outros jornalistas que estiveram no confronto.
O povo tem que para de ver novela e ver a realidade o que e a impressa em suas vidas!!!! ou seja a impressa suja.....