Um ano após a invasão da força de segurança pública no Complexo do Alemão e catorze dias após a tomada de território da Rocinha onde foi hasteada à bandeira Nacional e do estado do Rio de Janeiro, já se vê presente no rosto da população o alívio com a queda de 50% dos índices de homicídios, de acordo com levantamentos do Jornal O GLOBO. O levantamento foi baseado em análises de estatísticas do Instituto de Segurança Pública(ISP) onde demonstra que 270 vidas foram salvas e 11 mil roubos evitados nos quase 3 anos das 17 UPP's instaladas que beneficiaram 38 bairros do Rio de Janeiro. Dados do Disk Denúncia afirmam também que houve mudança brusca na preocupação dos moradores. No ranking aparecem outras preocupações. Antes era a violência dos traficantes, agora os moradores dessas localidades se preocupam com o lixo e com o barulho à noite. Na cidade em geral vai "ficando" para trás uma das maiores preocupações dos cariocas. As “balas” perdidas. O Rio de Janeiro vem demonstrando ser um modelo na guerra contra tráfico de drogas, devido à estratégia de invasão e ocupação do antes “território do tráfico”, desarticulando a ostentação de armas de guerrilha, de grosso calibre antes usadas para demonstrar o poderio das facções que se tornaram fortes diante a antiga e inoperante atuação das antigas políticas públicas do PDT de Brizola e do PMDB na era Moreira Franco, assim como os demais governos posteriores até por fim chegar o governo de Sergio Cabral . As políticas de segurança dos governos de Leonel Brizola no estado do Rio de Janeiro, foram apontadas como um dos fatores preponderantes para a situação caótica em que se encontrava a ocupação e a segurança pública carioca durante décadas até a criação das UPP’s. Naquela época a política de "respeito e valorização dos trabalhadores" de Brizola acabou por favorecer o aumento de construções irregulares do espaço urbano, causando uma proliferação geral das favelas por todos os locais. O governo de Brizola também proibiu qualquer tipo de incursão policial nas favelas, o que multiplicou a violência: tornando as favelas locais "imunes" à qualquer tipo de vigilância do Poder Público, o que favoreceu também a criação de organizações criminosas como a antiga "Falange Vermelha" que integrava bandidos presentes frequentemente nas paginas policiais da década de 80 como Rogerio Lengruber o "Bagulhão" exaltado depois de sua morte na sigla CV RL e José Carlos dos Reis Encina o "Escadinha". "Bagulhão" morreu no hospital Miguel Couto em 1992 após complicações com diabetes em Bangu I. "Escadinha" foi conhecido como um dos traficantes mais famosos do Brasil por causa de sua fuga cinematográfica de helicóptero da Ilha Grande e por ser um bandido que adotava política "paternalista" de ajuda os menos favorecidos, alimentando crianças pobres, e punindo quem roubava o trabalhador de seu reduto, o Morro do Juramento no suburbio do Rio. Por essa fama de bem feitor junto a sua comunidade foi homenageado com a música: "Meu Bom Juíz"(Beto sem Braço/ Serginho Merití) no auge de seu "reinado" nos anos 80. Morto (23)de Set./2004 na Av.Brasil, por mando de integrantes de sua antiga facção, ou por disputa da cooperativa de taxis de onde era vice-presidente. A polícia sabia também que surgiram desentendimentos com o presidente da mesma cooperativa. Testemunhas viram que "Escadinha" foi morto por dois indivíduos em uma moto quando provavelmente ia para o trabalho ao cumprir prisão semi-aberta em Bangu. Investigações afirmavam também que os assassinos provavelmente eram velhos conhecidos dele, já que seu carro era blindado e o desfecho se deu ao abrir o vidro do carro. Portanto "Escadinha", José Carlos Gregório "O Gordo", SergioRatazana, RosePeituda, FranciscoViriato "OJaponês", entre outros formariam a cúpula da Falange Vermelha, organização criminosa mais notória daquela época. A Falange Vermelha foi criada na mistura de presos políticos com presos comuns da prisão Candido Mendes / Ilha Grande - Angra dos Reis em 1979 e cresceu bastante nos anos 80 tornando-se o Comando Vermelho. As facções Comando Vermelho e 3ºComando ambas inimigas e especializadas no tráfico de drogas foram juntamente com outras facções finalmete combatidas de maneira eficaz na 'era Beltrame' do governo de Sergio Cabral.
O GOVERNO BRIZOLA ("Escadinha" fuga em helicóptero/Ilha Grande)
Governador do Rio de Janeiro na década de 80, Brizola foi acusado de ter ligações com os contraventores do jogo do bicho e de ser omisso no combate ao tráfico de drogas. Segundo seus críticos, o governo do pedetista teria sido fundamental para a consolidação do crime organizado no Rio de Janeiro. Essa percepção aconteceu porque Brizola adotou também um ponto de ação na qual a polícia só poderia fazer incursões em favelas baseadas no respeito aos direitos humanos, em contraposição ao que era considerado por ele como arbitrariedade do estado. Na verdade o protecionismo da favelização de Brizola e a austeridade de Moreira Franco, definitivamente não foram inteligentes ou eficazes contra o crime organizado.
MOREIRA PROMETIA RESOLVER O PROBLEMA EM 6 MESES
Ainda na década de 80, o desempenho de Moreira Franco na política de segurança pública não foi diferente no resultado. Em especial o governo de Moreira foi cercado de uma grande expectativa, já que havia prometido solucionar o problema em apenas seis meses. Os índices de violência no estado continuaram assustadores, com o ressurgimento do “esquadrão da morte” e notícias diárias sobre chacinas,e as mortes de supostos criminosos justificadas pelo auto de resistência eram enormes. Era muita "baixa" diante pouca investigação principalmente nas regiões de Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense. A guerra entre traficantes pelo controle dos pontos de venda de drogas e o aumento dos seqüestros também foram amplamente divulgados pela imprensa.(foto: "Escadinha" de óculos escuro)
Ao completar dois anos de governo Moreira anunciou uma iniciativa paleativa: Recuperação de seiscentas vagas em presídios, bem como a informatização e o reaparelhamento das polícias civil e militar, como se isso realmente pudesse dar resultado. No início de abril de 1989, contudo, a criminalidade registrou um crescimento com um total de 125 assassinatos em seis dias, alguns dos quais com marcas do "esquadrão da morte". No ano seguinte, ocorreu um sensível aumento dos casos de seqüestro e o governo do estado decidiu instituir uma recompensa para quem fornecesse pistas sobre os criminosos. Na época, um integrante da equipe pessoal do governador chegou a ser acusado de integrar uma das quadrilhas de seqüestradores. Ao justificar o não-cumprimento de sua principal promessa de campanha, Moreira afirmou “que a cumplicidade com o crime organizado no Rio era muito mais profunda do que se supunha”, atribuindo a explosão de violência ao recrudescimento da crise social.
LINS E A ERA GAROTINHO
Na era Garotinho também não houve muitos avanços na segurança pública, um ponto positivo foi a criação das delegacias legais, o que humanizou mais o serviço policial. Antes as delegacias pareciam um "barraco" ou local de tortura, decadente, mas apesar dessa melhoria teve a imagem afetada por acusações de conivência com a corrupção policial e pela prisão do chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins. O processo administrativo disciplinar na Comissão de Inquérito Administrativo da Polícia Civil, resultou na demissão de Lins"a bem do serviço público" do cargo de Delegado de Polícia, em 11 de março de 2009. Lins ficou recolhido ao presídio de segurança máxima Bangu 8, em RDD - Regime Disciplinar Diferenciado, aguardando a decisão nos processos criminais a que respondia. Mas em 27 de maio 2009 conseguiu liberdade provisória, passando a responder em liberdade. Em outubro de 2010 foi lançado o filme Tropa de Elite 2. Nele, o secretário de segurança do RJ, depois eleito deputado federal, é apontado por muitos como sendo inspirado no ex- chefe de polícia e ex- deputado estadual, Álvaro Lins.(foto/esquerda: Rogério Lengruber o "Bagulhão")
O Governo de Cabral no estado do Rio, com ajuda do Senador Marcelo Crivela ligou as esferas municipais, estaduais e federais contra o Narcotráfico. Com apoio de Lula e posteriormente a importante continuidade dada pelo governo de Dilma Rousseff, conseguiu decisivamente o sucesso das UPP’s. Na manhã deste último domingo(13) de Novembro, Cabral ligou para agradecer o apoio federal na ocupação da favela da Rocinha localizada na nobre zona sul e mais um grande marco de sua administração de políticas de segurança no Rio. Na Rocinha o governo Federal disponibilizou 160 policiais federais, 194 fuzileiros navais, 46 policiais rodoviários federais, além de 18 blindados da Marinha. O Complexo do Alemão ainda não é ocupado pelas UPP's. Atualmete ainda é somente ocupado pelo exército. Apesar disso, a segurança do Rio melhorou com essa ocupação do Alemão que de acordo com o Secretário José Mariano Beltrame aqui no Rio de Janeiro, se houvesse um assalto, o carro ou os assaltantes eram do Alemão, ou pelo menos a arma ou munição eram de lá. Ou se nada fosse do Alemão, este território era usado no mínimo para abrigar criminosos durante uns 15 dias até baixar a “poeira”, dado a complexibilidade de um território até então intransponível. Ainda há resistência de pequenos focos interessados no fracasso da operação de retomada destes territórios, que usam alguns residentes locais para criar um sentimento de oposição através de denúncias. Mesmo assim o secretário não descarta abusos vindos de alguns militares, mas tudo deve ser sempre bem investigado com rapidez. Em geral a população vai deixando de ser refém do medo. O Complexo do Alemão ainda está com problemas, e de acordo com o Secretário Beltrame onde existir abusos de autoridade, os mesmos serão investigados e punidos assim como também aos poucos a política vai avançando e o processo em curso aliado a invasão de serviços de inclusão social e prestação de serviços considerados essenciais pelas autoridades públicas, demonstram que o Estado já se faz presente, e que o mesmo é soberano. A comunidade que já foi “refém” e hoje é contemplada com às UPP's conseguirão ter também sua cidadania resgatada, uma vez que não terão mais que se submeter inclusive ao medo que por fim definia seu representante local. Outra forte preocupação de Beltrame são as milícias criadas pela corrupção de agentes do estado junto com outros ex-gentes expulsos ou simpatizantes. Estes dominaram territórios antes dominados por traficantes. Um dos combatentes deste tipo de criminalidade é o deputado Marcelo Freixo que foi ameaçado e teve que se ausentar provisóriamente fora do país, após a morte da juíza Patrícia Acioli que também combatia este tipo de crime e foi covardemente assassinada. A Secretaria de Segurança do estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público-MP-RJ e a Polícia Federal juntos reagiram com uma operação chamada de "Martelo de Ferro" em alusão à Juíza Aciolli. Pode parecer estranho certas semelhanças com à ficção, mas parece que realmente o inimigo agora é outro.
Fonte: Wikipédia/ Terra
Eu Wlademir nos anos 80 fiz academia por Bechara ai no Rio de Janeiro e tive uma nota dez, saudades...
ResponderExcluirAbraços aos irmãos cariocas de Wlademir.