
Pesquisas mostram que a rainha de 86 anos continua sendo enormemente popular entre os britânicos, mas há dúvidas sobre o futuro da monarquia quando seu filho, o príncipe Charles, que já tem 63 anos, se tornar rei.
Elizabeth II é rainha da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, chefe de Estado de outros 15 países da Commonwealth e a soberana que, após Vitória (1819-1901), que reinou de 1837 até sua morte, mais tempo ficou num trono da Inglaterra com mil anos de história.
Ela o fez junto ao consorte mais longevo da monarquia britânica, seu marido, o príncipe Philip, duque de Edimburgo, nascido em 1921. Dele a então jovem Elizabeth se apaixonou quando se conheceram em um casamento, ela com apenas 13 anos.
Apesar dos constantes rumores de indiscrições por parte do duque, a rainha da Inglaterra foi toda sua vida mulher de um só homem, com quem teve quatro filhos, oito netos e duas bisnetas.
Elizabeth Windsor se casou com Philip de Mountbatten em 1947, cinco anos antes de chegar ao trono, em 6 de fevereiro de 1952, após a morte de seu pai, o rei George VI, coroado em 1936 pela repentina abdicação de seu irmão, Edward VIII.
Apesar dessa reviravolta do destino que a transformou / tornou em herdeira aos dez anos, Elizabeth II é para muitos a melhor rainha / reina que teve o Reino Unido, cujo nome promoveu por todo o mundo com uma centena de viagens de Estado.
Em seu longo reinado, Elizabeth II nomeou 12 primeiros-ministros, desde Winston Churchill a David Cameron, passando por Harold Wilson, Margaret Thatcher e o indiscreto Tony Blair.
Em suas memórias, Blair rompeu a regra de não revelar detalhes das audiências reais e relatou seu primeiro encontro com a soberana após ganhar as eleições de 1997, cena que parece inspirada no filme "A Rainha" (2006).
"Foi bastante tímida, algo estranho em alguém de sua experiência e posição mas, ao mesmo tempo, direta. Não quero dizer mal-educada ou insensível; simplesmente direta: ''O senhor é meu 10º primeiro-ministro. O primeiro foi Winston. Isso foi antes de o senhor nascer''", teria lhe dito Elizabeth II, segundo as palavras de Blair.

A morte da princesa Diana, em 1997, piorou ainda mais a imagem da monarquia, pois a opinião pública considerou que a rainha reagiu com frieza diante da tragédia que abateu a popular ex-mulher de Charles. Mas, apesar das crises naquela que já foi descrita como "a mais disfuncional família da Grã-Bretanha", Elizabeth continua digna e confiável. Nenhum dos escândalos chegou realmente a pôr em xeque uma linhagem real que remonta a Guilherme, o Conquistador, em 1066. Até republicanos convictos acham que tão cedo a rainha não deixará de ser reverenciada.
APOIO EM ALTA Uma pesquisa publicada na semana passada pelo jornal de esquerda Guardian mostrou que o apoio à monarquia alcançou seu maior nível desde o início dessa série de levantamentos, em 1997. Quase 70% dos britânicos dizem que o país estaria pior sem a monarquia, contra 22% que acham que estaria melhor. Apenas 10% são favoráveis a que o chefe de Estado seja eleito pelo povo.
Fonte: Reuters/Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário