EM SÃO PAULO A MARCHA DA MACONHA TRANSCORREU SEM INCIDENTES GRAVES
Em São Paulo não menos que 1.500 pessoas participaram da Marcha da Maconha na tarde deste sábado (2), de acordo com estimativa da Polícia Militar. O ato transcorreu sem incidentes violentos ou ocorrências mais graves, segundo a PM. A manifestação teve início às 14h, com uma concentração no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Por volta das 16h, os manifestantes deixaram o local em direção à Rua Augusta, por onde desceriam até o Centro da capital.
O grupo chegou à Praça Dom José Gaspar por volta das 18h, onde teve início a dispersão. Na chegada, houve um princípio de tumulto com um grupo de skinheads, mas logo controlado. A Marcha da Maconha deste sábado foi a primeira a ser realizada após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar manifestações deste tipo em todo o país.
RIO DE JANEIRO - MARCHA DAS VADIAS "NENHUMA AGRESSÃO SEXUAL PODE SER JUSTIFICADA."
Já no Rio de Janeiro a Marcha das Vadias estava prevista para 02/07 às 14h, no Posto 4 de Copacabana e por volta das 15h30 manifestantes, cerca de 500 pessoas, dentre homens e mulheres de roupas curtas, lingeries à mostra, meia arrastão, flores nos cabelos e maquiagem forte iniciaram o ato e segundo a Polícia Militar, ocorreu sem transtornos.
Seguiu a Marcha das Vadias, um protesto bem-humorado contra a ideia de culpar as mulheres pela agressão que sofrem. "Nenhuma agressão sexual pode ser justificada pelas roupas, pelo comportamento ou pelo estilo de vida da pessoa agredida", diz Daniela Montper, 29, uma das organizadoras do evento.
Para ela, as vítimas sofrem um segundo estupro quando são acusadas de terem culpa pela violência. Segundo Daniela, feministas estão se mobilizando em todo o país para que a marcha aconteça anualmente, no mesmo dia, em diversas cidades. Até que a sociedade se conscientize de que "roupas, comportamento ou estilo de vida, nada justifica a violência".
Dezenas de homens que se intitulam vadios também acompanham a manifestação, muitos deles fantasiados de mulher. Grupos de teatro, artistas de rua e outros movimentos como o da Marcha da Maconha também acompanham esta passeata.
NO RIO HUMORISTA DO CQC DA REDE BANDEIRANTES FOI VAIADO PERANTE A MARCHA DAS VADIAS:
Rafinha Bastos, humoristas do "CQC", da TV Bandeirantes, foi vaiado neste sábado durante a Marcha das Vadias, na praia de Copacabana (zona sul do Rio), por causa de seu comentário no Twitter a respeito de estupro. Rafinha Bastos disse que toda mulher que reclama que foi estuprada é feia, e que o homem que cometeu o ato merecia um abraço, e não cadeia.
MARCHA DAS VADIAS ACONTECE APÓS O MOVIMENTO SLUT WALK NASCIDO EM TORONTO NO CANADÁ E JÁ PASSOU POR RECIFE, BRASÍLIA E SÃO PAULO.
A Slut Walk começou a se desenrolar em Toronto, no Canadá. Em uma universidade, um policial dava uma palestra sobre segurança no campus universitário e argumentou que as estudantes deveriam evitar se vestir como vagabundas (daí vem o termo sluts) para não se tornarem alvo fácil de estupros.
Diante desta declaração infeliz, em Vancuver as estudantes decidiram protestar. E com razão! Ou será que é normal sofrer uma trágica e forçada agressão ao nosso corpo e mente e ainda assim nos sentirmos culpadas? Não restam dúvidas de que estupro é um medo presente na mente das mulheres e o distúrbio mental vem da parte do agressor. E não das nossas peças de roupas! Sim, vamos continuar nos vestindo do jeito que quisermos. Sempre.
E por que vadia? O termo vem do inglês, de slut, mas serve muito bem. Afinal, mulher que se veste como quer, transa com quem quer, é chamada de que? Hein?
Fonte: Folha COTIDIANO/RSS/Revista TPM..com
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