O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, um dos réus no processo sobre o suposto sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio, foi reconhecido por uma testemunha, nesta quarta-feira (13), como sendo autor dos disparos que mataram um carcereiro em 2000. A irmã da vítima foi ouvida pela Justiça em audiência de instrução e julgamento no Tribunal do Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A mulher foi colocada em uma sala reservada na presença dos advogados para fazer o reconhecimento.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a audiência foi comandada pela juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, a mesma que atua no caso Eliza Samudio. A sessão foi encerrada por volta das 14h.
Segundo o advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior, que representa o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, seu cliente é inocente e existe uma “grande incongruência” no caso. O acusado chorou durante a audiência desta quarta-feira (13).
O ex-policial não foi ouvido durante a audiência porque uma testemunha de acusação não compareceu. O TJMG informou que, após os depoimentos, o réu conversou informalmente com a juíza e negou envolvimento no assassinato de Eliza Samudio.
Crime
O assassinato teria acontecido há mais de dez anos em frente a uma fábrica de gelo que pertence à família da vítima, em Contagem. Segundo o TJMG, no dia do crime, uma pessoa teria ligado para o carcereiro na empresa e a irmã atendeu ao telefonema. Quando ela foi chamar o irmão, ela presenciou o assassinato. A mulher disse ter reconhecido Bola quando ele foi preso pelo sequestro e o assassinato de Eliza Samudio. Marcos Aparecido dos Santos está preso há um ano.
Caso Eliza Samudio
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza Samudio deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sito morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desaparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.
Em dezembro de 2010, a mulher de Bruno, Dayanne; a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro; o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e respondem em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio estão presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Fonte:G1/Minas Gerais
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