A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, obteve no domingo sua reeleição ao vencer as eleições com 55 por cento dos votos, segundo uma pesquisa de boca-de-urna encomendada pelo governo e a qual a Reuters teve acesso.
O governador socialista de Santa Fe, Hermes Binner, ficou em segundo, com 14 por cento dos votos, de acordo com a sondagem realizada com base em 30.000 entrevistas.
Segundo o canal de TV C5N, Cristina ganhou com ao menos 37 pontos percentuais de diferença para o segundo colocado.Se o resultado for confirmado, a presidente receberia um forte apoio popular para continuar suas políticas intervencionistas, que a maioria dos argentinos aprovam, mas que geram fortes críticas de empresários e investidores.
Cerca de 28,8 milhões de pessoas estavam habilitadas para votar nas eleições que, além do presidente e vice-presidente, serão eleitos nove governadores provinciais, 130 deputados e 24 senadores.A eleição permitiria que o bloco peronista liderado por Cristina recupere o controle do Congresso, com maioria própria ou com a ajuda de aliados.
Ao votar na província de Santa Cruz, a presidente defendeu suas políticas, dizendo que o país obteve um crescimento sólido em meio à turbulência econômica global.
"Quando você olha o que está acontecendo no mundo, pode se sentir muito orgulhoso por ser argentino", disse a presidente reeleita.
SEMELHANÇAS ENTRE LULA E KIRCHNER
A vitória de Cristina Kirchner guarda muitas semelhanças com o processo eleitoral que levou o brasileiro Luíz Inácio Lula da Silva à Presidência da República por duas vezes consecutivas.
Para derrotar os seus adversários, Cristina Kirchner contou com os votos dos mais pobres, que moram principalmente nas pequenas e médias cidades. O presidente Lula também consolidou a sua vitória entre os menos favorecidos, justamente as famílias beneficiadas com os programas sociais do governo. Na capital, Buenos Aires, e em Córdoba, duas das maiores cidades argentinas, Cristina Kirchner foi derrotada.
A exemplo do que acontece com o Bolsa-Família (programa social de distribuição de renda do governo brasileiro), na Argentina os programas sociais públicos também fazem doações em dinheiro às famílias mais pobres. Nas províncias (Estados) onde os índices de pobreza estão próximos de 50% da população, cada pessoa ou família recebe, no mínimo, 150 pesos por mês (R$ 83 reais, valor de outubro de 2007).
A exemplo do que acontece com o Bolsa-Família (programa social de distribuição de renda do governo brasileiro), na Argentina os programas sociais públicos também fazem doações em dinheiro às famílias mais pobres. Nas províncias (Estados) onde os índices de pobreza estão próximos de 50% da população, cada pessoa ou família recebe, no mínimo, 150 pesos por mês (R$ 83 reais, valor de outubro de 2007).
EVITA / ISABELITA / KIRCHNER
A Argentina já teve uma mulher ocupando o cargo político mais elevado: Maria Estela Martinez de Perón, a Isabelita, governou o país entre 1974 e 1976. Porém, diferente de Cristina Kirchner, eleita pelo voto popular, Isabelita, que era vice-presidente, somente chegou à Casa Rosada (sede do governo argentino) com a morte do marido, Juan Domingo Pérón.
Mas muito antes de Cristina Kirchner e Isabelita Perón, outra mulher marcou a história política da Argentina: a primeira-dama Eva Maria Ibarguren, ou simplesmente Evita, que também foi casada com Juan Domingo Perón.
Mas muito antes de Cristina Kirchner e Isabelita Perón, outra mulher marcou a história política da Argentina: a primeira-dama Eva Maria Ibarguren, ou simplesmente Evita, que também foi casada com Juan Domingo Perón.
Fonte: Reuters Brasil / UOL Educação
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